Dor e silêncio: nem tudo precisa ser dito

Quanto muito falamos, quanto muito agimos, chega um momento que apenas um silêncio irá, de fato, acrescentar à situação. Pois o despertar ocorre de maneira individual, de dentro para fora. Ou seja, trata-se de uma vontade que necessariamente precisa florescer (uma vontade latente).

Dor e silêncio: nem tudo precisa ser dito

Em outras palavras, somos responsáveis pelo nosso modo de agir. E ficar falando, tentando se fazer entender de maneira contínua, quando não surte efeito, se torna apenas uma contaminação interior.

Portanto, devemos sim apresentar nosso ponto de vista, defender nossos ideias. Mas compreender que existe um limite interior, de energia, para seguir por aquele caminho que sentimos que não terá mais resultado. O objetivo pode continuar, e deve, mas o caminho deve ser diferente.

Essência

Preservar nossa essência é um dever para não esquecermos quem somos. Mas dificilmente conseguimos mantê-la em meio aos desafios mais difíceis. Se não conseguimos uma, duas vezes, que na terceira nos esforcemos para tentar enxergar a situação com a ótica espiritual.

Pois quando não enxergamos apenas o agora, somos capazes de nos colocar no lugar do outro. Compreender o tanto que já erramos e que, agora, poderemos estar mais lúcidos para compreender o erro do outro. Mas também ser capaz de ter compaixão.

Caminhar, apenas caminhar

Quando caminhamos, mesmo em silêncio (e ele está presente na maior parte do tempo), estamos evoluindo. Fazendo o certo, o chamamento do nosso espírito, apesar de todas as pedras, superando as inúmeras situações que nos acometem.

Não porque somos vítimas ou azarados. Porque ou precisamos delas para nossa evolução, ou somos capazes de superá-las em nome de quem amamos, e que nesta encarnação – nos ensina o Espiritismo – precisa dessa ajuda para encontrar também a sua própria luz. Estamos ligados, entre silêncios e gestos de amor, a toda à humanidade.